Os bandidos se passavam por motoristas de aplicativo para dar golpes em mulheres desacompanhadas.
A polícia prendeu, em São Paulo, bandidos que se passavam por motoristas de aplicativo para atacar mulheres.
A última corrida dos três supostos motoristas foi no carro da polícia, logo depois do sequestro de uma vítima, a sétima, segundo a Polícia Civil.
Os integrantes da quadrilha tinham cadastro, deles e dos carros, em aplicativos de transporte. Segundo a investigação, um outro veículo sempre acompanhava os criminosos que escolhiam as vítimas: mulheres desacompanhadas.
No último dia 2, câmeras de segurança gravaram a influencer Giovanna Pacheco entrando em um carro, imaginando que iria para o destino registrado no aplicativo. Ela ficou em poder dos bandidos por cerca de seis horas e passou por dois cativeiros. Giovanna disse que foi roubada, sofreu ameaças e assédio sexual.
“Eles pediram minhas senhas, entraram na minha galeria, entraram nas minhas contas bancárias. Pegaram tudo o que podiam de mim e depois tentaram extorquir meus amigos e meus familiares. Ficaram ameaçando e mandando vídeo meu: ‘Olha, ela está aqui com a gente, está sequestrada e se não der R$ 40 mil, a gente vai matar ela’”, conta.
A polícia começou a desconfiar da ação da quadrilha ao perceber que, depois dos roubos, só as passageiras registravam boletim de ocorrência. Os motoristas, não. A partir dessa constatação, investigadores conseguiram com as empresas de aplicativo informações para monitorar e prender os criminosos.
O delegado Ronald Quene Justiniano diz que os passageiros podem se proteger reunindo e compartilhando o máximo de informações sobre a viagem.
“Ao solicitar uma viagem, a pessoa deve printar o modelo, marca e a placa do veículo, e encaminhar para algum familiar, parente, um amigo próximo, porque os criminosos estão apagando o aplicativo, encerrando as contas, apagando todo o histórico de consulta. Isso é bem importante”, recomendou o delegado.