A fumaça das queimadas que assolam o Pantanal desde o início de novembro já alcançou os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), imagens de satélite confirmam a extensão do problema, que se intensificou nesta sexta-feira, 17 de novembro.
O Pantanal, localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enfrenta um dos períodos de incêndios dos últimos anos. O monitoramento do Inpe revela que, após 17 dias de queimadas, a fumaça se espalha para outras regiões do Brasil, afetando a qualidade do ar e a visibilidade em áreas urbanas e rurais.
Até o momento foram registrados 3.962 focos de incêndio, com Mato Grosso contabilizando 2.731 e Mato Grosso do Sul 1.231. Este último estado declarou situação de emergência em cidades cinco devido à gravidade das queimadas, que ameaçam a biodiversidade e a saúde pública.
O impacto das queimadas é alarmante. Em 2023, o fogo já consumiu um milhão de hectares do Pantanal, triplicando o total registrado em 2022. Este mês de novembro já é recordista em focos de incêndio, com um aumento de 30% em relação ao recorde anterior para o mesmo período.
As chamadas também atingiram a Rodovia Transpantaneira, em Poconé, Mato Grosso, desde a última quarta-feira, 15 de novembro. Esta estrada é crucial para o acesso a fazendas, pousadas e vilas da região, e o fogo ameaça interromper o tráfego e causar mais danos.
O combate ao fogo é realizado tanto por terra quanto por ar, com o uso de aeronaves para tentar controlar as chamas na região de Porto Jofre, às margens do Rio Cuiabá. A situação é crítica e exige esforços coordenados para evitar uma catástrofe ambiental ainda maior.
Especialistas alertam para a necessidade de medidas urgentes para conter as queimadas e proteger o Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. A situação atual destaca a urgência de políticas de prevenção e combate a incêndios florestais no Brasil.